sexta-feira, novembro 17, 2006

BUSCA PELA LIBERDADE EXPRESSIVA

(O Céu De Suely - Cabine)
Limites para criar personagens-documento da realidade no irreal? Tema de regionalidade nacional ou nacionalidade regionalista? Demonstração dos critérios óbvios dos críticos (fortalecer/repetir): Retomada? Nova Safra? Regionalismo ou é mesmo nacionalismo?
Em O Céu De Suely, a protagonista da história é Hermila, uma jovem de 21 anos que nasceu na cidade do sertão cearense Iguatu, de calor castigante e vastos céus azuis. Uma cidade pelo seu ponto de vista a partida para evoluir. Envolvida pela rebeldia da idade e guiada pelo despertar dos interesses juvenis, ela luta para demonstrar o amadurecimento e criar novas perspectivas de vida distanciadas do povo de Iguatu.
Dois anos atrás, essa foi idéia de Hermila, partir da cidade em que vivia e ir ao encontro com o choque nem tão cultural, mas sim econômico de São Paulo, tentar meios com o namorado Mateus para sobreviver e progredir. Infelizmente o sonho dispõe de dificuldades impensáveis e o regresso torna-se um choque superior e frustrante.
Liga-se o projetor e a janela transmite a visão de Karim Aïnouz
Agora ela está de volta, na casa de sua avó e de sua tia, com um filho para criar e à espera do marido, que logo ela se dá conta de que nunca vai chegar. Sozinha, ela volta a se encontrar com um antigo namorado, João Miguel, mas o novo relacionamento não diminui sua revolta pelo abandono, muito menos a vontade crescente de sair daquela cidade outra vez.
Entre as conversas com a amiga Georgina, Hermila adota o nome de Suely e cria um plano para conseguir dinheiro, rifar-se; propondo a noite no paraíso com um qualquer e dentro dessa noite angustiante suspender-se para um recomeço. Apesar das dificuldades e perdas do caminho escolhido para encontrar o paraíso (uma analogia a palavra titular "O Céu..."), Hermila lutará firmemente para ultrapassar os efeitos colaterais transcorrentes de um sonho anteriormente mal planejado e agora, realizar-se.
Predominante pelo silêncio, O Céu... De Suely... é ritmado a um compasso destinado a manter o caminho de Hermila, fragmentado mas distante a um didatismo, suas escolhas são fortes, superam a falta de análise que impactaram no insucesso de sua primeira viagem a São Paulo, sua realidade é outra além de um sonho ilusório, é verdadeira.
Karim Aïnouz reproduz o assunto a uma narrativa reflexo da veracidade dos fatos, e, a busca pela representação espontânea faz fluir a história, com controle artístico de seus personagens de contos reais filtrados ao um forte impacto, composto/completo/compacto pela bela fotografia de Walter Carvalho (foco/movimento/privacidade(sem evasão)/sobreposição de ação), trilha sonora sem o apelo regionalista (caráter brasileiro-estrangeiro), edição (sonora dos veículos que cortam a cidade) e a montagem (cortes secos violentos de mudança sequencial/filtro tratado na reprodução pós-produção/ordem pela visão da protagonista desordenada).
Céu = Paraíso//Céu = Esperança//Céu = Filme Verdade
Guapitu «-extremomertxe-» ergelA otroP
Quatro anos desde o lançamento de Madame Satã, Karim Aïnouz mostra que transcendeu a síndrome que ataca vários diretores na construção de uma carreira cinematográfica, mesmo distanciado pela temática do trabalho anterior (explosões conclusivas do impacto surpreendente) quanto pelos métodos de abordagem, finaliza um filme com uma perfeição diferente (reflexão do tema recorrente/conclusivo/final aberto?) ligado mais ao psicológico que ao corporal; uma aula dirigida pela complexidade de utilização do tempo no vazio.

quinta-feira, outubro 26, 2006

PURIFICAÇÃO NO DESASTRE OSTENSIVO

(Alguns dentes a menos e/ou Troque cada cigarro por um tiro)
Definições da balada sangrenta sofre pressão panelística; atitude Johnny Boy, um suporte para suportar a bomba estacionada. A via urbana de aspecto urinário com a tecnologia e a prática lerda de novos cineasnos torna o trajeto em placas de fibra e semi-condutores de visão generalizadora, reacionária e moralista.
Martin Scorsese: Tomei todas as drogas. Queria testar os meus limites e ver se morria no fim.
Henry Miller: Se o homem for o que ele pensa durante o dia, me defino como um intestino.
Tadeu Alves Zvir: Se contar muito sobre o filme e não contar nada, paciência!
¿ENTREVISTA: PADRE OU TERRORISTA?
+MOTORISTA DE TÁXI X VIVENDO NO LIMITE+
ou
+IXAT ED ATSIROTOM X ETIMIL ON ODNEVIV+
Tadeu: O filme escola do Sr. Scorsese, noventista beirando ao processo cinematográfico da nova década é Vivendo No Limite. Levando em conta todo percurso do diretor, adaptações a mudança do mercado cinematográfico, tecnológico, autorismo, estilismo e personalidade dirigiva, este filme é a atualização estampada em uma única película. Lançado em contra-ponto ao filme Motorista De Táxi, qual conexão se vê estabelecida? Já que Paul Schrader confirma: "Frank Pierce é uma paródia de Travis Bickle... (não certamente nessas palavras)."
Tadeu: Basta ter percepção para confirmar que existe esse paradigma no conflito existencial, porém não existe uma imitação exata que tenha uma exploração na tensão da atmosfera de ambos os filmes. Seria como pegar dois pacientes em hospitais distintos com o mesmo quadro de uma doença diagnosticada, os tratamentos aplicados são diferentes para cada corpo mas de certa forma é para chegar a um mesmo objetivo de salvação (no filme uma paz interior), existe um tempo indeterminado para o tratamento (em ambos os filmes esse tempo também é indeterminado e manipulado a uma forma de narrar ordenadamente, materializando sentimentalmente o personagem à identificação mas não definitiva, pois, a complexidade abrange além dos limites impostos do retângulo reflexivo da tela ou do foco e desfoco do alvo da câmera) e uma pulsação com altos e baixos (indefinidos roteiristicamente e sim dirigida, tendo a certeza de sua existência principalmente rítmica).
Tadeu: Fiz um levantamento acompanhando algumas críticas/pesquisas/panfletagens/idolatrias, só para saber o que o público acha ou achava dos filmes e tenho um adendo: "Escrever é documento nominal, tomem cuidado com as palavras espectadores para não serem desintegrados do planeta por falta de postura e falta de análise!". Para formalizar: O que se ganha com Vivendo No Limite, sendo que Motorista De Táxi é exposto como obra absoluta?
Tadeu: Sem absolutismo definidor, Motorista... é aclamado publicamente pela atitude explosiva de Travis seu principal personagem, também pela presença mais clara do momento histórico em que a situação mundial passava, havia a necessidade da função ativa mesmo marginal na mudança social e isso era espelho vivencial no mundo; vários agentes libertários (música, literatura, cinema, drogas, etc) trabalhavam em conjunto e eram influências grandiosas para traçar objetivos. Já em Vivendo..., a partir do poder dos meios de comunicação, principalmente a tv, criou-se um distanciamento maior da liberdade e uma acomodação devido as mudanças e apresentações da concorrência em potência tecnológica e celebrismo, tornando a existência cidadã secundária. Em grande parte das análises feitas para Vivendo... o que prevalecem são subjulgamentos; definer como uma cópia de filmes contemporâneos é fator discursivo criado pela falta de base histórica atual e psicológica (frustação, depressão, impotência, entre outros). Frank, protagonista de Vivendo... é um espelho da sociedade que vive a base dos sonhos dominantes imposto em generalização, exemplos:
* realização profissional (cargo dominante, dinheiro, superioridade);
* realização pessoal (casa, família, saúde).
Tadeu: Como foi apresentado anteriormente o conflito mental é um obstáculo a ser ultrapassado e a procura pela paz interior da vida em um mundo potencializado pela amplitude em desenvolvimento consome em ambos uma obrigação em tomar uma atitude a ponto de existir. Em Taxi..., existir é ativo (explosivo para o olhar do expectador); em Vivendo..., existir é passivo (frustante para o expectador)?
Tadeu: O envolvimento de Frank na questão existencial dos seres humanos que acompanham sua rotina é produzida de forma realista; a pressão profissional; a inexistência humana que cancela parte da consciência e transforma o personagem em máquina lado a um fantasma depressivo que vagueia e tem certa felicidade instantânea conforme alguns pontos de euforia dialoguista. A perda de uma vida por incapacidade torna o protagonista em um traumatizado de pesadelo permanente e impactante em sua cabeça devido o desgaste do dia-a-dia; a liberdade expressiva comparece no envolvimento com uma nova pessoa que surge na esperança de Mary, soltam-se tentáculos em meio ao caos diário que abraçam a importância necessária para progredir na vida com simplicidade a definir algo para sobreviver. Sobre Travis nem é necessário falar muito, o envolvimento com Betsy e Iris está estampado, e referente aos caminhos a percorrer é visível o quanto ele se reserva, premeditando as atitudes e se existe improviso é para superar frustações; lembrando que, Frank sem premeditações e sem uma potência definitiva para o improviso se torna vago, esgotado e age com uma liberdade de explosões abortivas.
Tadeu: Todo contexto determinante em Vivendo.. é exposto na estética do filme, remetendo a necessidade qualitativa e com uma forma consciente e iluminada. O rítmo musical consiste na evolução não só para completar o vazio, pois, cada plano englobando a música é determinista em sua montagem e edição para ser além de uma simples apresentação, a estética com contraste mais pesado e cores ressaltadas lança méritos que se fecha na conscientização do trabalho formado em equipe, sem subestimar.
Tadeu: (Algumas observações que passaram ou aqui se repetem ou enchem de repetições) A desidentificação é momentánia em seu início, mas essa desidentificação retorna assim que abrem sequências alucinadíssimas do personagem e os pontos sem nós no desenvolver do roteiro. O filme toca na ferida, tirando o caminho "pé no chão" pelas atitudes que Frank torna a escolher, a dimensão pela exposição é tão grande que o expectador se vê na tela mas não admite a postura explícita, o sonho remete a acompanhar as atitudes do protagonista e quando seu seguimento deixa de seguir a uma ideologia funcional e reconhecível (talvez explosiva como Travis) fecha-se uma narrativa circular incompreendida pelo seu final aberto e muitas vezes mal visto, pois é reflexível. Motorista... também possui a narrativa circular que remete ao retorno de Travis a repetição justiceira em seu ápice apresentado no filme; Scorsese confirma isso e ainda confirma que: "Motorista..., possui em sua finalização o final aberto..." que eu confirmo: "...superficial ao olhar viciado."
Tadeu: Finalmente uma escolha: Táxi ou Ambulância?
Tadeu: A resposta é tão difícil como escolher Padre ou Terrorista, tudo é uma dependência de ações em momentos, absolutismo preferencial fica em Scorsese. Tadeu e/ou Urina, assiste a Taxi Driver e Bringing Out The Dead assim podemos discutir, quem sabe até uma entrevista?!
Conclusão:
(813 passos) Sujismundo, acho que minha filha matou o pai ! aitsoh a omoc é otidérc ed oãtrac od oãçnuf A (m 53,277)

quarta-feira, outubro 11, 2006

VIAGEM DESORDENADA = CARAPIRÚ, ADEUS A TERRA LIVRE

(Serras da Desordem - Andrea Tonacci)
Nota cinematográfica/desprende do filme: Os índios são uma outra humanidade.
(espaço)
Ismail Xavier: É uma combustão do início ao fim.
Andrea Tonacci: O Ismail viaja no fogo.
(espaço)
Documento! Realidade? Documentário? Ficção? Antes ou depois? Camadas de realce em cores ou o P/B contrastante? Cinema em 24 fotogramas em dimensões potencializadas de elevação 135m³/135m², vida a linguagem, alimento em 35mm ou mesmo digital ambos digestivos. A sinceridade na abordagem e base roteirística desvia a simplicidade tanto na transposição quanto na compreensão óbvia e didática, limitada/restrita.
O vilão não é a exploração, pois o espelho explorativo também se desenvolve na percepção indígena. A falta de respeito torna-se influência na atitude do humano definido como "evoluido" e a mente pulverizante transforma em cinzas o humano "primitivo", histórias e enigmas. Uma geração artificial é construida como um esganador da tradição tendo uma postura fascista de: ...adeus existência de diferenças.
1. Inverter/Reverter;
2. Primitivo = Evolução de atitudes respeitosas;
3. Evoluido = Desrespeito em atitudes primatas.
Em terra de ninguém, o poder é imposto pelo medo e ganha espaço; esse que destrincha o existencialismo e a cultura antes ali existente para torná-la desejo palpável em matéria e riquesa explorativa.
(espaço)
(espaço)
Baseado em verdade, Serras da Desordem conta a história do índio Carapirú que nos anos 70 sobrevive a um violento massacre que desestrutura o berço familiar e o joga como nômade a perambular solitariamente no mundo, este mundo radicalizante que traça um caminho ilimitado e transforma escolhas em choque cultural de compreensão infelizmente obrigatórias, ainda mais chocante a quem vivia na tradição tranquilizante.
Por cerca de 10 anos em andanças Carapirú é acolhido por uma família do sertão bahiano. Pelos boatos a sua existência chega aos ouvidos da FUNAE, tornam-se público os fatos de sua história pré-formulada por gestos e suposições e somente na tradução de um momento impactante é que se descobre a verdadeira história que até aquele momento era desconhecida.
Agilidade em noções, Tonacci toma frente ao alicerce construtivo, ativo em todos momentos, constrói além de estrofes de cronologia temporal um ciclo fechado de redundâncias/ambiguidades, transpondo em momentos velocidade na passagem do tempo para desfazer o vício básico e reconstruir possibilidades de análises profundas e formulações.
Revisitar é um aspecto de revivência aos sentimentos de um fragmento importante que alavanca a engrenagem da película que não disfarça ou até mesmo não manipula o assunto abordado.
Ultrapassando os limites das linhas traçadas de uma reserva indígena, Serras da Desordem é combustível, e, a combustão pelo seu efeito é superior a somente um fogo representativo ou signo mitológico, aqui pulverisa todo absolutismo cartilhado do documentário com base em "dedo na ferida" e confirma o comentário de Ismail Xavier (acima e agora por mim abaixo) onde Andrea Tonacci vai além, sendo: ...um filme delirante, êxtase por excelência, uma viagem que o próprio criador cria recriando e não recreando.
Atenção:
Produtores, investidores, formuladores, categoristas, concentrados em padrão; numa próxima vez considere também criatividade; Tonacci abrange a lista de gênios que sobrevive a margem, não utiliza de oportunismo e até o momento não pisou na cara da arte cinematográfica com multilações baratas em tecnologia narrativa em A, B e C; libere a verba e reconsidere prazos.

sábado, setembro 09, 2006

SANGRA PELO RÂLO MAS NÃO ENCONTRA-SE NO ESGOTO

(Impregnando câncer artístico)
O produtor expõe como uma embalagem o músico que em seu intelecto esbanja frases de slogan, fazendo da bula uma inexistência, a raiz é desperdiçada, sua direção é conclusiva e definida pelo script enfadado e manipulado em palavras complexas.
Em foco a redescoberta que é estampa, o pompozo mostra a cara maquiada como um intelectual historiador da arte, em seus trajes modernos fala com uma posição determinada mas não responde perguntas, está definido como "a voz da razão".
Picaretada:
Tudo bem, tudo bem, você vai chegar até o outro lado da rua se não morrer no tráfico de palavras; sem críticas para atingir os ouvidos a produção levará ao estrelato (de)cadente; mesquinho!
(Palavras rachadas)
E como sempre, cultuado como o absoluto, tentando sepultar com uma cortina transparente o berço dos verdadeiros experimentais, que agora mutilados na máquina em lotes pequenos e injetados em ml's micronizadas, não faz nada além de virtualizar ainda mais a "mesma coisa".
Sabe o respeito é fato primordial, claro, existente; a vivência não deve ser fixa no museu, a abrangência de ser canibalística e definitiva a todo tipo de influência e não limitada a um ponto final de "esse sou eu e único no universo, crio formas sem necessitar de algo".
Produtor, o músico não é um quadro e/ou quadrado, explore os códigos e no reflexo esponha os pontos de vista conclusivos em concordância, suporte financeiro e pré-definições de seguimentos também servem de compreensão ilimitando a coluna vertebral que se possível deve se quebrar em vértebras abstratas.
Regressão:
Máquinas definem o perfil humano. Humanidade alimento sebozo para lubrificar a engenhoca de rodas dentadas, sendo que a escola ajuda a isso: Saliens automatizando pessoas!
Vendido enlatado como original, mais brasileiro que o próprio Brasil: Vivax e o campeonato europeu!
Leituras obrigatórias:
Outdoor e bula de remédio, pelo fluxo da dúvida existencial. Como sangra inqualidade e desqualidade das propagandas, vinhetas, chamadas; pegue ao menos a bula e use como guilhotina para os pulsos.
Progressão:
(Para presidente = De La)
Taeko (perfil característico indefinido): Sabe eu tive aneurisma, dois infartos e um derrame ocular...
Aguardando um ser racional que me diga se ingerir deve ser antes ou depois do banho. Senhoras e senhores suicidas morram mas não me atrapalhem!

quinta-feira, setembro 07, 2006

DOUTRINA

(Largue a bomba, mate todos!)
(Existem dois de você. Não está vendo? Um que mata e um que ama.)

sexta-feira, agosto 11, 2006

MUITO RÍTMO, POUCAS FLECHAS

(O Arco - Cabine)
Estamos em 2006 e de certa forma encontram-se disponíveis filmes sul-coreanos para redescobrir uma nova escola cinematográfica e utilizá-la como produto de consumo em massa, como dizem: "...do cinema independente ou autoral surge à forma para industrializar.". O Arco é um deles, sendo o 12º longa dirigido por Kim Ki-Duk; nesta película o assunto é o amor e o ápice de possessão que ele pode causar.
Em um barco de pesca lançado ao alto mar, está um velho à beira de seus 60 anos a cuidar de uma garota que desde seus sete anos de idade encontra-se em sua responsabilidade. Com uma paixão acumulada pelo tempo o velho tem em mente que no 17º aniversário da garota a tornará sua esposa. Reclusos ao mar a relação se define em poucas palavras e esse silêncio excessivo expõe um respeito pelos métodos artesanais e artísticos da tradição.
Existe uma convivência com eventuais pescadores que passam pelo barco; alguns aproveitadores, outros ingênuos; para alguns flechadas, para outros o despertar do amor. Devido o envolvimento constante o velho cria um sentimento de amor possessivo, muito ligado a uma figura paterna, e, a garota tendo a disposição o encantamento por um jovem, cria na mente uma nova visão amorosa.
(Morno)
Kim Ki-Duk é definitivo com o filme que é banhado ao tradicionalismo e ritmado musicalmente, deixando que o desenvolver da história apresente peculiares rituais e conclua com respeito à tradição conservadora e atributos a algumas mudanças na evolução global. Basta agora valorizar o filme, sendo que o assunto tratado no roteiro seja habitual, mas as transformações sofridas independente da linguagem acomodada apresente coragem na direção até o momento de finalizar a história.

quinta-feira, julho 13, 2006

¿QUEM DETERMINA O TEMPO?

(Poseidon - Wolfgang Petersen)
Parte Inicial
Os nomes dos créditos iniciais ao meio de um plano sequência é objeto para encher os olhos, a onda, o impacto, o desastre de cabeça para baixo, espere... de quem? Então, como começar um filme; aliás, como começar uma crítica? Talvez um espelho sobre o filme ou um espelho sobre a crítica? Necessariamente estão ligados e como uma artilharia estão expostos, aqui deixo a crítica mal feita falar sobre o filme, ao menos por alguns momentos.
Um transatlântico no meio do oceano a comemorar o Ano Novo em festa; famílias e famílias; conhecidos e desconhecidos para o saboroso início de ano no lenga-lenga capitalista; um subjulgamento de atitudes; a procura falsa de um herói frustado ou debochado a campeão; todo o envolvimento entre pai e filha em relações românticas; a exposição da classe alta e baixa em um mesmo espaço principalmente cenografado na base pública com influência na televisão. Uma onda; um choque na mente até do suicida; a festa subverte a felicidade para agonia do sofrimento. Uma mentira com facilidade dirigível, um problema para o cinema e já não sei dizer para pipoca publicitária.
(Sem luz do começo ao fim)
O que é interessante em Poseidon? Sim existe algo, mas o quê?
Vamos falar dos desinteressantes que são mais importantes para fazer sofrer o filme e o barco do título pelicular sangrar entre o casco, escaldando em popa à proa e estibordo à bombordo.
Desinteressantes:
¬Planos de grandiosidade em escalas de baile, sem orquestra dirigida;
¬Lance de diálogos que forçam respostas de ponta da língua;
¬Uma climática de dramaticidade e um foco no desfoco da visão do marketing de closes;
¬Estereótipos no sofrimento do perfil de cada ator/atriz;
¬Reflexo do passado traumático ou exemplar;
¬Seleção de personagens no desenvolver da história para uma vitória de público;
¬Ruídos de aspecto habitual na ordem cronológica;
¬Ações em quantidade de fragmentos do que complexidade de ações;
¬Montagem explicativa plano-a-plano.
Parte Final
Interessante:
¬Um desenvolvimento no duto de ar, onde vê-se e sente-se a claustrofobia de uma sequência realmente nervosa mas de simples solução.
As ações presentes acontecem simultaneamente ao náufrago do Poseidon, porém a montagem em paralelo cria a expectativa não tão produtiva. Não confere o tempo, sua definição é pelas sequências para fuga do exílio forçado ou pelo período que o barco tem a naufragar ou pelo diretor guiado pelo roteiro expondo o início até o fim do filme?
O controle decisivo do filme deveria permanecer na mão do diretor, porém a fragilidade apresentada deixa com que as sequências maquiadas determinem o trajeto em ações pegajosas e um clima cafona padrão de sentimentalismo em seus personagens. Wolfgang Petersen já faz parte de uma quantidade simbólica de filmes em Hollywood e a culpa pela falta de autoria em seu cinema é de conformidade, sem questionamentos sobrevive de um cinema que falta absorsão de novas idéias, ideais e uma fixação determinante; um cinema ficção mais real ou um cinema com extrema prevalência de ficção, fora do padrãozinho barato dos produtores e o retorno financeiro com a exibição; faltam articulações em seus filmes que é baseado em lucros e sem base para uma reflexão cinematográfica produtiva. Desculpem pois a crítica fugiu do filme mas qual é a função de uma direção?
A descoberta não seria descoberta e sim confirmação:
Não sei escrever, não sei falar, não sei andar, não sei escolher, não sei porra nenhuma; sou um otário marca placa e o dia 13/julho/06 só me fez confirmar tudo!
Adendo:
Dia 15/julho/06 me criou nova esperança, mesmo com quase total certeza do texto título acima, a esperança permanece em um retorno que transgride as virtudes em destaque. Nem tudo mais será talvez e/ou sei lá; ao menos espero com o famoso tempo!

sexta-feira, julho 07, 2006

DE FETO DEFEITUOSO

(Hitler 3º Mundo - José Agripino de Paula)
Algumas cenas mal feitoras são produzidas sem o nexo conexo que deveriam se formar (que ao menos a generalização populacional aguarda euforicamente - por outro lado - graças a divina imaginação inventiva, nem tudo é coerente); uma enxadada na cabeça e uma seqüência profunda na montagem atribui uma bomba na cinematografia rebelde, principalmente na época maldita no Brasil (esse reflexo da época permanece hoje em dia), esse filme bomba é Hitler 3º Mundo.
José Agripino de Paula divide o ponto-chave aguardado e lança um Jô Soares samurai, um Monstro super-quem-sabe-herói "Coisa" procurado, um Nazi-Hitler-robô, um magistrado ou ditador, etc; quem sofre os danos? Todos, pois tudo é maldito e do maldito surge a forma caótica da relação explosiva do esconde-esconde dentro da piada governamental na ditadura.
Seqüências em centralização e descentralização da ação, imagem visionária em espaços curtos separados por blocos, Jimi Hendrix acordando com acordes; a conclusão está no suicídio, a solução suficientemente letal na maluquice mundial, um filme possessão, um demônio em forma de caos.
Aviso:
Para uma revelação explícita diante do filme, abra o crânio e reflita gargalhando com o humor negro diário de um mundo cópia da publicidade do falatório que convém a converter conceitos e caracterizar como careta (ordinários), toda população. A imbecilidade é crédito para os que fugiram antes dos créditos finais, povinho mal caráter, não fuja no meio da sessão! Já os que não viram, como o filme não consegue um espaço para exibição, curta o Jairo (Canibal Cultural) Ferreira, que nos presenteia em poesia com o magestroso Cinema de Invenção.

terça-feira, junho 20, 2006

KAPETA

(67 Horas Por Dia Queimando)
Perplexo, perplexo, perplexo; "receita para o sucesso" uma das postagens mais inspiradoras; teoria prontíssima, agora só a prática terrorista para avaliar um efeito tremendamente avacalhado! Quer conhecer o lado kapeta do Japoneis não acesse:
Só um videozinho para animar com humor negro o dia-a-dia da macacada universal só mais humorístico que este é o abaixo desse debaixo, Jorge Furtado é cartilha para o documento cinematográfico de novos documentarista ou que pensam que são! Linkaiada:
&
Agora o momento "copa dois mil e seis" (obrigado FCouto da Fábrica, não te conheço mais um aperto de mão pelo link), felicidade pura, só a mutilação mundial para surgir um valor de potência consistente:
Sem mais para o momento, fico no aguardo de vossas respostas no sensacionalista jornal de bairro.
(Que enxaqueca, garoto enxaqueca)

domingo, junho 18, 2006

QUAL É A DIFERENÇA?
(F.Ur.T.O. = O Rappa)
Espera aí! Qualquer leigo retardado sem fundamentos em análises chegam e dizem que a banda F.Ur.T.O. é a repetição das funcionalidades d'O Rappa; uma cópia. Amplamente surge a dúvida, o povo está a ponto de reconhecer merecedores de méritos sufocados e escondidos pela mídia e além disso dispor de tempo útil apropriadamente para nivelar e absorver inteligência passada musicalmente por algumas bandas ou grupos?
Adendo:
A F.Ur.T.O. (Frente Urbana de Trabalhos Organizados), foge do exotismo que é aguardado pela massa do capital de lucro, talvez o motivo que faz da F.Ur.T.O. ser tratado com desdém por uma parcela grande da sociedade e da juventude jovem jovial. A ligação necessária que essa juventude comercialmente moldada aos padrões da classe média espera, é absorver somente o cheiro do "algo a dizer" do pobre ou de sua voz na sociedade, e, lógico, suas gírias; a partir do momento que a inteligência que é impregnada nas letras e musicalidade da F.Ur.T.O. é sentida essa parcela desinteressa-se com medo de conviver e dividir espaço com a sujeira (com todo respeito F.Ur.T.O) estampada no cérebro de seus integrantes.
Musicalmente falando:
Todo documentação é explícita nas imagens formuladas a partir de uma viagem sonora, um complemento prudente e necessário. A cada deslocamento ocasional ou improvisado existe a presença da pausa que soa como respiração, felizmente as composições moldadas por batidas, efeitos eletrônicos e um certo formalismo musical fazem que as letras impacte diretamente os ouvidos de seus "ouvidores".
* SangueaaicnêidU *
01. TerrorismlarutlucO .10
02. EgoytiC .20
03. Amémca21erbiL .31
04. MentaletabmoC .40
05. TodosdebaixodorerbmosomsemO .50
06. FloresnasencootnemicodsatS .60
07. CidsedA .70
08. GentáledE .80
09. CoisastãselpmisO .90
10. ParaoxoD .01
11. CaioprademimedortN .11
12. SombraadiuqíL .21
13. DestorrE .31
14. NãosepreoogimocepuC .41
15. VerbosàfelepadroL .51
F.Ur.T.O. = ONG = Necessidade Urbana:
Considerar como ONG é uma chave competente de seus articuladores (esqueçam a publicidade). A necessidade está clara em qualquer processo apresentado até o momento pela F.Ur.T.O. e agora basta competência e talvez dinheiro do povo para ter nas mãos e na cabeça uma sigla que mereça respeito.

(F.Ur.T.O. = (diferente) = O Rappa)

quarta-feira, junho 07, 2006

A IGNORÂNCIA É UMA BENÇÃO

(A ignorância é uma benção)
Tanta coisa para dizer e só me resta o bloqueio constante frustrado que me causa o efeito da moda; enjoado, enojado; o que prejudica é de alguns o egocentrismo e de outros o espelho refletindo o mictório, hábitos idênticos no BLÁ, BLÁ, BLÁ..., vão pra casa do caralho se for repetição e quantidade; domínio público é a incapacidade e ignorância, aqui prazerosa e lançada como crítica nessa benção universal, adorável a desmotivação; não me venha com classificação de rótulos, "poesia, filosofia, artista...diabo a quatro", está para merda, e, a solução, sem fazer pose é um catraca letal ou uma câmera nas mãos e um cinema sem Ctrl Z...
Caiu um parafuso da minha cabeça e o efeito pomba-gira dominou o transtorno desmental, lançar a culpa no dinheiro é falsidade, a culpa é humana e de agora em diante sou um anti-humano (mais ainda). Gostoso umas experiências verso em vice do dia-a-dia; o trem quase partiu o corpo, pena que gostaria de fotografá-lo, nem antes nem depois...
Perder o cotidiano em aventuras malucas? Facilidade de absorção rende muito mais para os demais, o que é preciso é o efeito transgressor em paralelo do experimentalismo; um efeito droga em sua mente, mas é puríssima mentira qualificá-lo como droga...
(olhos de porco)
DEIXA ALGUÉM FALAR
Tadeu: Fica um século sem publicar e vem querendo ter moral?
Tadeu: Coincidentemente em formação temporal...
Tadeu: Desgraçado de uma figa, você é um fogo de palha?
DEFINE ALGO LAWRENCE EM CIMA DO MURO
Tadeu: Tadeu o quê você achou de Lawrence Da Arábia?
LAWRENCE = ODISSÉIA NO ESPAÇO
Tadeu: Lawrence Da Arábia? David Lean, Peter O'Tole e Omar Shariffe? Bem meu caro Tadeu, confesso a você que o filme é um tanto quanto lento, lembro-me que comecei a ver um dia e só terminei no outro. Ele está muito bem posicionado na lista da AFI (American Film Istitute) e também no livro do Roger Ebert que em seu ensaio relata a loucura que foi na época e a coragem de David Lean que chegou a ser chamado de louco pelo pessoal da produção, nesse livro também é exaltada a fotografia no deserto considerada espetacular, sem contar que ganhou 7 Oscar. Bom mas para resumir acho que estou com você em cima do muro; uma, porque na época que vi não soube apreciar a fotografia e confesso que em alguns momentos torci para que a película terminasse logo e outra porque realmente não me lembro de nada a não ser dos belos olhos azuis de Peter O´Tole, e, a minha mãe ter comentado como é bonito o Omar Shariffe. Mas a grande verdade é que preciso rever Lawrence... filme que segundo o grande REF (Rubens Ewald Filho) (he, he) é uma obra prima e um exemplo para todos os cineastas que surgiram depois. Calma aí, antes de terminar, lembrei de uma frase que li um dia, "Lawrence da Arábia é um filme que deve ser assistido e apreciado como Odisséia No Espaço".
TIRAS VS. PCC = ORSON WELLES
Tadeu: Bem Tadeu, para com REF, eu defini muita coisa ruim devido ter ficado entediado com o filme que não acabava, mas depois parei para analisar e recebi sua resposta falando que havia ficado em cima do muro e percebi que também fiquei, como o Lawrence no filme também fica, têm umas coisas que são estranhas, não sei definir se para o lado bom ou mal ou mesmo como fonte de estranhesa para algo mais experimental, você percebeu que eles não têm desejos sexuais? Mesmo sendo guerreiros, será que a forma está ligada a um exército de anti-sentimento como no exército Espartano (a base do plano, mesmo considerando eles como bárbaros está ligado a isso) e outra coisa sem querer ser um juiz, Lawrence tem uma obsessão revolucionária, mas buscando méritos a uma nova experiência de vida que fica voltada a sua vida e o desejo de demonstrar que a partir de cultura é possível uma adaptação ampla em determinadas sociedades, sendo que algumas coisas se tornam exóticas por demais, outra coisa que percebi é que ele é um humanista que tenta obter proveito, mesmo com conceitos bíblicos e fundamentos em Moisés, ele leva as crianças não no sentido de companheirismo mas como fonte de seus desejos sexuais imbustidos que se realizam com o sadismo da morte. Não sei, ainda não defini direito o filme, mas algo claro é que um personagem em cima do muro, merece um final trágico absoluto e não a morte no percurso de uma moto. A retrospectiva de sua vida em seu enterro deveria ficar mais ligado ao cinema clássico, pois o exotismo de novas experiências tem funcionalidades perfeitas quando bem aproveitadas, mas em Lawrence se torna fútil; vilão ou herói? Apesar que vilão ou herói parece bem com a grande parte da sociedade de hoje em dia, nada por definição total, mas lembrando o que você disse David Lean foi maluco em fazer um filme como esse, preciso de mais tempo para resolver o que o filme significa para mim!
Para todos:
Réplica e tréplica como análise mais profunda sobre Lawrence Da Arábia pode se manter nos comentários e qualquer um pode participar.
Informativo:
Tadeu, você libera os direitos autorais dos textos? Caso contrário me processe!

terça-feira, maio 02, 2006

TERMOELÉTRICO RADIOGRÁFICO
(O início já é um bom começo)
Hoje é mais um dia em que debruço no chão e paro para sintonizar os sentidos em um universo de variação musical. Aguardado por mais de cinco anos, sem qualquer motivo de velocidade ou rancor, ele veio para expandir a mente, um dos melhores cd's se não o melhor desse ano, 10,000 Days da banda que infelizmente os motivos de rotulação suspendem para a intolerância de classificar como new-metal, Tool.
São onze no total de finalizar o disco, com o efeito de repetir devido qualidades e funcionalidades harmônicas; agressividade, frustação, melancolia, espiritualismo; sendo bem mais do que palavras e muito mais que três parágrafos para lançar uma análise completa. Uma leitura música à música não é tão precisa como escutar e absorver a essência; merecidamente o respeito será obrigatório pela evolução no estreito mundo musical contemporâneo.
(Formada sem aparências comerciais)
E para concluir, é mais fácil colocar como a experiência mantida entre os destroços de um cadáver que se arrasta entre o pensamento biomecânico da atmosfera impregnada de intolerâncias. Uma bomba orgânica!

quinta-feira, abril 27, 2006

VAGUEANDO PRÁ LÁ E PRÁ CÁ
(Óculos Opaco)
Norman Rockwell transmite na imagem a característica que resulta em qualidade, bem mais do que os demais.
(A arte iniciada pelos sentidos)
(Presente também nos momentos dramáticos)

terça-feira, abril 18, 2006

ARMAMENTO MUSICAL NAS MÃOS
(Massacre musical feito em
Pat Garret & Billy The Kid)
Como consequência de um trabalho excepcional no mundo musical, Bob Dylan também foi protagonista de um faroeste, digo um dos mais agressivos na tragetória de um dos diretores mais brutais (depende do ponto de vista de quem diz; falo isso para um maior destaque ao "maestro da violência"), Sam Peckinpah.
Sua atuação como Alias em "Pat Garret & Billy The Kid", transmite um bloqueio de evolução no personagem que segue como coadjuvante na trama, sendo o reflexo atuante ligado mais ao sentimento e personalidade, de um perfil criado sobre o músico e não para o músico, onde também, provavelmente a liberdade aplicada sem tantas exigências de Sam na atuação de Bob faça com que ele não firme no papel toda sua capacidade; independente de problemas, méritos a sua atuação.
Além disso, dentro do universo fílmico Bob Dylan completa com a trilha sonora que é o que merece total destaque. Algumas músicas reaproveitadas sendo outras de criação para película, com apresentação peculiar no desenvolver de cada transição de ações no decorrer das sequências.
(Espaço)
Bob Dylan = Além do Limite
(Espaço)
Sem pisar na boa (fora de foco):
Excelente ponto de criatividade e evolução musical, Bob Dylan uma personalidade capacitada com demonstrações além do limite funcional da musicalidade.
Para os desavisados:
A base do texto está voltada a Bob Dylan e sua atuação, está claro né? Em outras palavras, como um todo, o filme se destaca perfeitamente dentro dos movimentos em câmeras lentas, destaque de Sam Peckinpah nas articulações da ação (mas é bem mais que isso, precisamente há a necessidade de uma análise aprofundada que fica para um outro dia).

sexta-feira, abril 14, 2006

UM DIAMANTE ENTRE OS FILMES QUE SE FORAM
(Vida de Menina - Helena Solberg)
Helena Morley (Ludmila Dayer) presente magestrosamente no filme é o verdadeiro questionário dos inconformados, obrigatório entre os melhores da cinematografia brasileira.
(Cinesesc acho que faltou esse entre os melhores)
Observação pessoal:
O questionamento e reflexão no decorrer da falência é fato como em Filme Demência de Carlos Reichenbach (maestro), com objetivo de mudanças aqui, alí e por onde marcar os rastros da poluição ambulante; coincidentemente completando um processo de "Quarentena", espero não ter que ficar sem escrever ou ficar obrigatoriamente escrevendo.

sexta-feira, março 03, 2006

PÓLVORA NO CÉREBRO
(re-voltando-com-base-matadera)
Atualização do blog me traz o cheiro de naftalina fixa no estoque do cérebro, se não for nessa semana, fica para próxima ou não; que provavelmente o efeito mutilação que está passando por perto me lança ao prejuízo, telefone será cortado, água e luz estão no nem pensar, querem a língua, mas essa de jeito algum vão ter, está preparada para mais e mais. Reclamações dentro de instantes, sem querer desmotivar.
(marca em cada passo)
!!!Atébr
evegen
taiada!!!

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

ATITUDE E PAIXÃO ALÉM DOS LIMITES
(Johnny & June - Cabine)
Não é de hoje que adaptar uma obra tornou-se combustível para produzir filmes, tanto que a base da ampla produção cinematográfica em sua história surge com o auxílio de outras artes; e hoje a utilização para um novo filme é o efeito estrondoso de Johnny Cash que se elevou em seus acordes furiosos e letras profundas banhadas a uma ampla energia, motivando a nação e agora a indústria de Hollywood.
Com um início existencial conturbado, Johnny sempre foi um lutador, desde sua infância até as transformações no decorrer de sua carreira que o lançou como ícone musical. Basicamente dentro de todas essas transformações, Cash manteve-se em um caminho sustentado pela linha de corte que o deixava entre a redenção e a destruição, e toda sua atitude indiscutível, acaba por devastar o universo musical, partilhando a partir disso várias turnês com Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Roy Orbison, Carl Perkins, Waylon Jennings e a pequena e extrovertida June Carter, a quem desperta uma imensa paixão.
Dentro desse contexto surge “Johnny & June”, que além do romance que é a chave do roteiro, está presente todo transtorno na vida de Cash, principalmente sua ligação com a família, o conflito com o pai e seu envolvimento com drogas (anfetaminas), que o leva a sentir verdadeiramente na pele algumas de suas influências e mais motivos para criação de letras e ritmos musicais. Mesmo tendo de fato a utilização de elipses temporais em grande parte do início do filme, o trabalho apresenta-se com um desenvolvimento aplicado bem fragmentado e de fácil compreensão; a localização de cada plano e sua ligação afetiva agem com perfeita manobra que deixa claro sua pretensão.
Para deixar claro:
Mesmo sendo roterizado em detalhes em cima de livros, biografias e com Johnny e June, o filme não torna-se previsível, muito menos desinteressante.
(Re-voltando a crítica)
O famoso “Homem de Preto”, aqui presente no corpo e mente de Joaquim Phoenix, aponta seu violão e a voz sem qualquer maquiagem, assume a identidade de Cash, cantando e desfilando sem dublagens ao lado de Reese Witherspoon que não deixa de merecer méritos pelo trabalho e incorporação no papel de June Carter, com seu pequeno instrumento nos braços e o sotaque sem igual em sua voz.
Os 136 minutos de filme não abrangem toda a profundidade existencial de Johnny Cash e June Carter, mas isso para James Mangold que dirige o filme, provavelmente não foi o grande interesse e sim a transposição da capacidade e fatos que esse ídolo musical no decorrer de sua vida soube com grandiosidade contornar, adaptar e ultrapassar, deixando de lado as dificuldades e as tornando como interessantes influências nos passos a serem seguidos tanto profissionalmente como pessoalmente; e deixando claro, esses dois itens difíceis de separar-se na vida de Johnny Cash.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

MAUS QUE VEM PARA O BEM
(Qua
ndo
apro
veita
do)
Sangrando em sua existência uma exclusiva e incomparável arte histórica da desgraça imposta no sofrimento da civilização em meio a 2ª Apocalíptica Guerra de Bárbarie Mundial.
Animais bem mais afetivos em sentimentos na realidade, aparências utilizadas como agressividade do incomum, com testes em cada quadrinho, influente em cada movimento fixo do holocausto.
Art gênio, mas méritos sem que haja dúvida para Vladek, longe da mesquinharia e hoje falta de paciência; na verdade cronologicamente, sendo que o hoje acima é inexistente, descanse em paz eterna. Lembrando que esses mértios devem passar dos merecidos à também merecidamente Anja, mesmo após seu destino traçado tragicamente pelo abalado sofrimento, descanse também na mesma paz.
(Exclusivo)
(Exclusivo)
(espaço)
Nada em padronizações, críticas ilustradas e palavras montadas definem o quanto é desfuncional essa obra-prima que deve ser implantada com sentimentalismo na macacada presencial.
Por questões de segurança & liberdade de extrema expressão:
Calem a boca para níveis de adaptação, sua existência é unicamente em formas sem mentiras de quadrinhos histórico profundo.
"Ausch
witz
emsu
pocaum
aver
gon
ha!"
!sodotaotiepserropratnometnetoãnazelitnegrop!

quinta-feira, janeiro 26, 2006

MAIS DO QUE PALAVRAS
(Paradise Now - Cabine)
Para satisfação própria grande parte das pessoas utiliza seus desejos para marcar sua presença existencial; para um terrorista esse objetivo de revolução presente na cabeça nem sempre segue uma vontade pessoal, mas também imposições, sendo até políticas. Em Paradise Now a história que guia o filme é a de um atentado terrorista, apresentando os bastidores pela visão de dois jovens da periferia da Palestina em cumprir este atentado suicida em uma cidade de Tel Aviv em Israel.
Como uma incógnita o futuro dos personagens principais percorre caminhos que levam a tentar compreender a finalidade de ser homem-bomba, trazendo a tona o valor da vida e o de tirar vidas. As horas finais antes do dia “D” são de completo sentimento; tristeza intercalando ao disfarce de alegria para com a família, criando um silêncio que desenvolve o seguimento a ser traçado no desenvolver do roteiro.
A tensão criada em meio ao fogo cruzado sobressai e o desvio inicial de fazer um filme fictício e não um documentário com foco em matérias de reportagens, aqui é utilizado com dramaticidade, funcionando a modo que cria total identificação afetiva com os personagens que movimentam a trama da história.
A utilização de planificações a altura da visão terrestre, cada cena com proximidade na face dos personagens, buscando os traços dos atores em Paradise Now é utilizado com harmonia, lançando o expectador a confiar com extrema seriedade na obra; a devastação da cidade é espelhada no rosto de cada cidadão, deixando claro que nem toda história de um homem-bomba seja igual a outras e que nem todos entendem como satisfação um atentado para ambos os lados da mesma nação.

terça-feira, janeiro 24, 2006

SOLDADO ANÔNIMO
(Sam Mendes)
Treinamento psico... lógico! Para quê? Talvez controle! Talvez poder! Os motivos apresentados para a guerra imposta é insulportável!
*ESTOU COM O FUZIL*
O poder na cabeça e também nas mãos, com descontrole absoluto dos ruídos harmônicos dos tiros que agradam os tímpanos que procuram a surdez; a ferida que quer abrir para as lágrimas sanguinárias escorrerem; lama, lama, lama, não é mangue prá caçar, sou caçado, caça e caçador. Cumprimentos cordiais para humilhação funcional de hierarquia; ué hierarquia não é controle? Na prática, não mais! *O tempo seguido a base da ação subliminar*
*ESTOU NO CAMPO*
Essa não é aquela guerra, mas é guerra, igualmente a uma e a todas outras guerras, guerra de lucros que já não importa mais, pois é cliche! O fuzil está aqui, me acompanha na alimentação de areia regada a algumas lágrimas da distância permanente de lembranças. Antigos cortes de cabelo, obsessão pelo rio de sangue, um rifle como amante, numa guerra onde um míssel é mais importante que a quantidade de terrestres no chão para a agressão inconsciente dos macacos. Quem sobressai? (Vazio) (Sem respostas) Loucos por guerra, no estilo desértico de pês no chão, na base de Apocalypse Now, sem a tão aguardada onda que aqui só pode se formar por poeira, fumaça e o poder petrolífico em chamas voando pelo chafariz. *A guerra seguida a base da ação subliminar*
*ESTOU EM CASA*
*A vida seguida sem subliminalidades*
*Drama, dramaticidade ,amarD*
Psico... psico... psico... lógico!
Para todos:
Tristes, eufóricos, perdidos, abalados; é o efeito guerrilheiro. Achou uma merda e quer compressão total, vá fazer psicografia.
Informativo:
Usado o nome original pela primeira vez, pode ser uma película de primeira para clase que determinam como sub e que por mim é completamente desenvolvida, mas as vezes abrindo exceções.

terça-feira, janeiro 17, 2006

REPOSSESSÃO SEM PÍLULAS
(Revivendo a base do asfalto)
O clandestino permanece intacto, troco qualquer desenho dos grandes infanto-juvenis atuais por este capetônico, que para um atual ter o direito de assistir deverá pagar o Fritopan, trazer a bala de goma para partilhar com o refresquinho e alguns explosivos; granadas; dinamites; gorduras; fermentos e o restinho do sabonete, sem cabelo por gentileza galerinha!
!VAMOS EXPLODIR KANEDA!
*agressão*
*agressivo*
*AKIRA*
(!Passa a moto prá cá, Óh da gangue!)
Recordação:
Uma lembrancinha da época de infância, não esqueça da nova próle que tem obrigação de assistir e assumir o controle como Tetsuo; deixe seu filho curtir o CounterStrike amanhã na prática canalhada, depois de uma sessãozinha de Akira.

sexta-feira, janeiro 13, 2006

MESMICE ADULTA NATALINA
(Tudo Em Família - Cabine)
Agir com o objetivo de filmar no Natal, determina dentro do clichê, a comédia e o grupo familiar. Tudo em Família age dessa forma utilizando-se desse dia iluminado para partilhar histórias, fofocas e felicidades dos mais de trezentos e poucos dias sem contatos pessoais na família Stone; sendo sempre esse encontro anual na casa da matriarca Sybil (Diane Keaton) e pai Kelly (Graig T. Nelson), será feito o balanço devido a distância para colocar os assuntos em dia.
Aproveitando dessa reunião, Everett Stone (Dermot Mulroney) pretende apresentar a todos sua futura noiva, Meredith (Sarah J. Parker) uma garota que demonstra profissionalismo e perfeccionismo em tudo que faz, não agradando tanto o perfil que a família esperava. Dentro dessa família que tenta demonstrar a compreensão, algo foge do foco, tanto na história quanto no roteiro, em momentos até com coerência. A dificuldade que Meredith tem em tentar explicar a situação embaraçosa de opinião formada poderia criar uma tolerância desse grupo de pessoas que se sentem longe do conservadorismo, mas não; a dificuldade está também na compreensão.
Esse momento segue como a engrenagem para a mudança na base da continuidade na história, entra em cena Julie (Claire Danes) irmã de Meredith, que a partir daqui surge com todas as luzes e efeitos lançados a ela e a partir disso motivar a família Stone a aceitá-la entre eles.
O diretor Thomas Bezucha construiu dentro do clichê pontos fortes que podem de certa forma qualificar as atuações, mas como destaque Ben Stone (Luke Wilson), que demonstra sua capacidade e todo movimento espontâneo de sua atuação, caso esse destaque tivesse um melhor aproveitamento poderia passar no desenvolver também dos outros personagens do enredo amoroso, fluindo em uma grande escola de atuações, já que grande parte da história passa-se em locais internos.
Previsível a forma de abordagem para concluir a película, ligações de comédia e drama, porém o fato que demonstrou coragem é o conservadorismo que é lançado ao passado e que agora já não deve servir como base para a formação de novas famílias, apesar de algumas dificuldades que ainda existem para se desvincular disso para finalizar o filme.
(Toda gentalha)
Era:
Talvez, quem sabe, semana que vem, está ou não em algum lugar que se espera que esteja!

quinta-feira, janeiro 05, 2006

GELO TRANSFORMADO EM FULIGEM
(caos*Mad Max 2=George Miller*total)
Esse é... , quem disse?
Nada a declarar!
(Uma pausa por favor, que impacto)
(Duas pausas por favor, "quê pacto?")
(Cala a fuça e começa logo)
Quando visto, revisto, absorvido, ingerido, injetado ou qualquer um dos itens ao lado, acima ou onde quer que esteja ou que alguém crie, Mad Max veio para transformar o universo, podem dizer que é um universo muito enganoso (sim, isso mesmo é !CINEMA!), deixando claro que é algo sádico e masoquista (esse o universo que todos tentam deixar que seja claro em sua criação, mais está lá) e familiar (que todos tem orgulho de considerar para constituir o enganoso).
Tendo fé, esperança e gostando de reciclagem, adaptando o que sobrou de cada acidente de trânsito de qualquer conclusão festiva; expelindo carcaça, matéria fundida, pintura riscada, vidros sem o restante de pele de cada ser terrestre que deva ter rachado a cuca no pára-brisa (sinto muito pela violência agressiva de cada vítima da violência de trânsito, vezes culpados, vezes inocentes, mas voltando estou falando da máquina adaptada); só matéria que é o que interessa sem carne, sem sangue a máquina concluida, um carro ou dizer o ser humano sem a alma, sem o sentimento, a dor gelada agora transformada em fuligem.
Aguardando a devastação, o mundo real, o espaço liderado sem recursos que sobra para a liberdade, o vácuo, o cenário bem próximo, fuga da violência, esse último não! Agora basta, que o que não foi utilizado vira com uma pressão fortificada para martelar a medula com nitro, levantando a poeira que deixou de ficar estacionada em seu curto espaço. Consumindo o recurso mais visado, de domínio para o poder universal, PETRÓLEO!
(Romantismo)
Sobram os restos mortais que vaga pelas cinzas do desejo; sem o mesmo desejo poderoso... melhor dos poderosos, lembrando agora só do sentimento esquecido que o contato com o suor, sangue e fumaça que é a recordação mais próxima e esperançosa para o futuro.
Observaçãozinha:
todos = alguns = quem quiser se incluir