quarta-feira, outubro 05, 2005

ABORTO CINEMATOGRÁFICO

(Nina)
O B A
R
T
O
C
I
N
E
M
O C I F Á R G O T A
Criar um universo cinematográfico é difícil, sabe-se que após essa construção existe a necessidade de desenvolvê-lo, revisões e revisões; complicado é a palavra que melhor exemplifica, e tomar o caminho da facilidade para estruturar esse universo aponta meios fáceis para cair em generalizações, pré-julgamentos e o fatídico preconceito.
Difícil saber se o filme foi criado como uma tendência a moda videoclíptica ou como uma propaganda a juventude. É pesado suportar uma manipulação de todo o contexto narrativo que traz a obra de "Crime & Castigo" de Dostoiévski (sendo uma adaptação livre) para completar aquela que é a história de Nina.
Seguir o objetivo da frase de Alexandre Stockler (Cama de Gato) T.entativa de R.ealizar A.lgo U.rgente e M.inimante A.udacioso, está criando uma auto-sabotagem de trabalhos cinematográficos no que se chamam de retomada (ao menos me parece que Heitor Dhália está nesse objetivo).
Mover dentro desse trabalho a nata de atores globais, mas como coadjuvantes ou meros figurantes, quebra com a expectativa, mas quem disse que essa quebra merece elogios? Merecem um basta; por favor saiba(m) aproveitar de suas influências e se auto-aproveitar.
A tendência publicitária generalizada é árdua, com uma montagem em exageros chocantes para motivar os nervos (ou a paciência) até a conclusão do filme, deixa escapar a linha da pipa e ela acaba por cair em um ciclone que não mais importa onde vai pousar (ou se estraçalhar).
(Cuidado para não despencar!!!)

Um comentário:

urina disse...

Depois desse, por gentileza; faça algo que preste, não vou dizer que estou esperando que vai ser mentira, mas tente ao menos segurar as pontas para não estragar novamente com o novo "Cheiro Do Ralo".