sexta-feira, novembro 18, 2005

DISTANTE ENCONTRO

(Cinema, Aspirinas e Urubus)
(Não obrigatório mas necessário)
Longe no tempo, mas próximo em situações e condições, "Cinema, Aspirinas e Urubus" permanece com simplicidade no meio cinematográfico. Com uma estética tradicional e realista, fora de segmentos de padrões publicitários, é seco não só na forma que o espaço físico representa, mas também na abordagem e diálogos vezes sofridos, vezes esperançosos.
O sol estalado ao olhar do expectador causa um impacto à quem tenta fugir de algo existente e procura a distância desse território brasileiro, paralelamente ao expectador estão alguns nordestinos que a curto e a longo prazos pedem carona para uma nova vida e não só fugir da seca como também das conseqüências ligadas ao histórico de suas famílias (sendo que essas conseqüências podem ser encontradas em qualquer família).
As visões contrárias dos protagonistas, indiferente de um ser alemão fugitivo da segunda guerra, e outro brasileiro que tenta fugir da seca do nordeste, fazem com que eles criem ligações que apesar dessas diferenças pensam em algo comum: sobrevivência, dinheiro, mulheres e na progressão de informações; interesses idênticos em ambos.
(Não obrigatório mas necessário)
(Não obrigatório mas necessário)
O fato da utilização dos dois primeiros componentes do título, lançam o espanto de algo desconhecido para muitos que não tinham a prossibilidade de adquirir informações, mas o terceiro é o mais acessível para o povo que ali se localiza. "Urubus" é o signo no nome do filme, não como identificação com a morte ou a carnificina, e sim com a liberdade.
Esse encontro que Marcelo Gomes traz em seu filme foi bem aproveitado e a esperança (ser for olhada de outra forma além de ser o sol estourado na tela) do desaparecer-para-o-branco (fade-white) no início de "Cinema, Aspirinas e Urubus" e do utilizado no final, compõem uma forma bem trabalhada, nesse que é um trabalho que merece novo espaço nas mentes cinéfilas, pois, contêm conceitos tradicionais da linguagem que hoje muitas vezes pode se tornar estranha para aqueles olhares que tornaram-se viciados pela contemporaneidade visual.

2 comentários:

urina disse...

Assiste no Shopping ABC que o filme é bom prá caramba!!! Esses esquemas de mostras é embassado, várias vezes passei por isso!!!

Anônimo disse...

E aeee Tadeu!

Cara, aquela mensagem não era pra você... não fui malcriado contigo...

nem tive intenção alguma de ser "petulante", ou algo do tipo... rsss.. poxa, a gente se dá bem cara...

na verdade, apenas aproveitei sua pergunta para colocar aquele "textinho" lá nos comentários, já que eu tinha colocado no post, mas achei melhor apagar...

vc não me pressionou de forma alguma..
e quando eu disse: parem de repetir, repetir, repetir...
eu nao falava especificamente contigo. estava apenas querendo dar um alerta geral, para todos.

aquele texto tinha sido escrito antes mesmo de vc comentar lá...

então... não se chama de bueiro né! porra.. rsrs.. só vc mesmo..

faloooooooou, abraços!!!