ATITUDE E PAIXÃO ALÉM DOS LIMITES
(Johnny & June - Cabine)
Não é de hoje que adaptar uma obra tornou-se combustível para produzir filmes, tanto que a base da ampla produção cinematográfica em sua história surge com o auxílio de outras artes; e hoje a utilização para um novo filme é o efeito estrondoso de Johnny Cash que se elevou em seus acordes furiosos e letras profundas banhadas a uma ampla energia, motivando a nação e agora a indústria de Hollywood.
Não é de hoje que adaptar uma obra tornou-se combustível para produzir filmes, tanto que a base da ampla produção cinematográfica em sua história surge com o auxílio de outras artes; e hoje a utilização para um novo filme é o efeito estrondoso de Johnny Cash que se elevou em seus acordes furiosos e letras profundas banhadas a uma ampla energia, motivando a nação e agora a indústria de Hollywood.
Com um início existencial conturbado, Johnny sempre foi um lutador, desde sua infância até as transformações no decorrer de sua carreira que o lançou como ícone musical. Basicamente dentro de todas essas transformações, Cash manteve-se em um caminho sustentado pela linha de corte que o deixava entre a redenção e a destruição, e toda sua atitude indiscutível, acaba por devastar o universo musical, partilhando a partir disso várias turnês com Elvis Presley, Jerry Lee Lewis, Roy Orbison, Carl Perkins, Waylon Jennings e a pequena e extrovertida June Carter, a quem desperta uma imensa paixão.
Dentro desse contexto surge “Johnny & June”, que além do romance que é a chave do roteiro, está presente todo transtorno na vida de Cash, principalmente sua ligação com a família, o conflito com o pai e seu envolvimento com drogas (anfetaminas), que o leva a sentir verdadeiramente na pele algumas de suas influências e mais motivos para criação de letras e ritmos musicais. Mesmo tendo de fato a utilização de elipses temporais em grande parte do início do filme, o trabalho apresenta-se com um desenvolvimento aplicado bem fragmentado e de fácil compreensão; a localização de cada plano e sua ligação afetiva agem com perfeita manobra que deixa claro sua pretensão.
Para deixar claro:
Mesmo sendo roterizado em detalhes em cima de livros, biografias e com Johnny e June, o filme não torna-se previsível, muito menos desinteressante.
(Re-voltando a crítica)
O famoso “Homem de Preto”, aqui presente no corpo e mente de Joaquim Phoenix, aponta seu violão e a voz sem qualquer maquiagem, assume a identidade de Cash, cantando e desfilando sem dublagens ao lado de Reese Witherspoon que não deixa de merecer méritos pelo trabalho e incorporação no papel de June Carter, com seu pequeno instrumento nos braços e o sotaque sem igual em sua voz.
Os 136 minutos de filme não abrangem toda a profundidade existencial de Johnny Cash e June Carter, mas isso para James Mangold que dirige o filme, provavelmente não foi o grande interesse e sim a transposição da capacidade e fatos que esse ídolo musical no decorrer de sua vida soube com grandiosidade contornar, adaptar e ultrapassar, deixando de lado as dificuldades e as tornando como interessantes influências nos passos a serem seguidos tanto profissionalmente como pessoalmente; e deixando claro, esses dois itens difíceis de separar-se na vida de Johnny Cash.
Os 136 minutos de filme não abrangem toda a profundidade existencial de Johnny Cash e June Carter, mas isso para James Mangold que dirige o filme, provavelmente não foi o grande interesse e sim a transposição da capacidade e fatos que esse ídolo musical no decorrer de sua vida soube com grandiosidade contornar, adaptar e ultrapassar, deixando de lado as dificuldades e as tornando como interessantes influências nos passos a serem seguidos tanto profissionalmente como pessoalmente; e deixando claro, esses dois itens difíceis de separar-se na vida de Johnny Cash.