terça-feira, setembro 25, 2007

D'gOLAR O SISTEMA / UNO

(ECLYSE: não contém Glúten)
Flui? Infelizmente... MANDA EMBORA! Fígado, rim, estômago, pâncreas e cérebro; a junta mutilada e o pequeno delito próximo a coagular. O tempo está em estado decrescente com efeito gradual, a solução é insondável...
SubCultural: Qualquer adjetivo merece o prefixo SUB. Terceiro (I)Mundista. Pelo menos uma vez na vida...DEIXA EU ESTOURAR O DISJUNTOR!
1º infra-estrutura

2º empreendimento

3º resultado

Para ficar mais fácil:
Após anos da fundação do pensamento, viver como engrenagem não leva a nada. Só um conselho: compre um terno de madeira.

domingo, setembro 16, 2007

CONTRIÇÃO

(Santiago - João Moreira Salles)
Tadeu: 11 + 12 + 13, testando.
Personagem 1: A vida é tão triste!
Personagem 2: Sim, ha... ha... ha... a vida é muito triste!
Se existe um filme que explicitamente mostra a forma de soberania de um diretor para conseguir o domínio e preencher com imposições as suas idéias, este filme é "Santiago", uma obra recente que melhor se enquadra como expoente de tal idealismo cinematográfico.

A etapa inicial desse documentário se projetou em 1992, João Moreira Salles naquele instante involuntariamente desempenhou um estudo filmado sobre a autoridade e sua influência definida pelo tempo de convívio; seu objetivo: filmar os depoimentos do mordomo argentino Santiago Badariotti Merlo, um empregado que cumpriu essa função por cerca de 30 anos na casa da família Moreira Salles e que morreu alguns anos após as fillmagens.
Com os sentidos aguçados em 2005, J. M. Salles retoma todo o material/documento/arquivo conquistado naquele período, e assim, projeta sua crítica ao descoberto: Santiago era isso...; Santiago era aquilo...; ...esse é Santiago. A narração fora de campo foca este ponto utilizando a imagem e a participação ativa por trás das câmeras, criando uma nova interpretação, até chegar ao raciocínio definidor da maturidade do diretor, a autocrítica.
Santiago Vs. J. M. Salles

[Soberano (diferente) desumanO]
O início do filme demonstra o processo de recordação (três fotos: a entrada da casa; a cama do quarto semi-encoberta pela escuridão/semi-iluminada pela luz, e; uma cadeira na sala vazia), a história expressa confiança pelo narrador criando uma narrativa dialoguista esclarecedora, mas a arte seqüencial desloca a percepção em um processo de imagem/corte-seco/imagem e fica claro que Santiago, é maior que a captação sensorial de J. M. Salles naquele momento (filmagem), propondo então, explicações com imagens inexistentes neste momento (montagem).
A visão de J. M. Salles se ampliou ao analisar o inconcluso e a sua convicção de 13 anos atrás se tornou outra ao retomar o projeto. Ao desmodular o seu objetivo roteirístico, as inflexões criaram sinais indefinidos no conteúdo do filme, fazendo da narrativa do filme um semi-confessionário do narrador.
Intitulado de forma honrosa, "Santiago" pode parecer somente uma história simplória de Santiago (o humano), mas não é isso, pois, por mais confiança que J. M. Salles (o humano) coloque no filme em seqüências explicativas, mais o protagonista torna-se um signo e mais descobrimos sobre o processo de evolução do diretor, tanto em relação a sua vida quanto em relação a sua carreira profissional. Se J. M. Salles definiu um limite, agora que tomou consciência e desconsiderou os julgamentos que o levaram a subestimar Santiago, esse ultrapassou qualquer demarcação com a conclusão deste documento.