terça-feira, novembro 29, 2005

300 PEDAÇOS DE CORPOS SEM PRECISAR DE LIQUIDIFICADOR

(300 de Esparta, abre espaço com lanças, flechas e escudos)
Desempenho fulminante, sendo na arte da escrita, na escrita, do lápis, da arte-final, das cores, das letras, das onomatopéias, das letrinhas, dos balões, do logotipo, da finalização; lógico sem esquecer do envolvimento responsável dos responsáveis generalizando o geral.
Os motivos de atuar vão além dos responsáveis pela obra e o sentido de atuar, atuar e atuar dos personagens em "300 de Esparta", consome com grande sentimento as referências do artista-mestre Frank Miller, utilizando de ousadia e com grandiosidade, acaba por manter o sentido épico da trama com a autonomia de guiar suas histórias ao banho de sangue (que aqui realmente existiu).
Leônidas, líder do exército, defensor calculista com abertura à violência que procura a proteção própria e de sua multidão batalhante ou batalhadora se vê contra a obsessão de Xerxes, líder persa que por motivos do maldito poder, quer aniquilar e possuir o espaço mundial.
Sem pólvora, sem tanques, sem aviões; juntando a fúria precisa com a morte artesanal estruturada com os rígidos treinamentos de Leônidas ao exército espartano, foram bem aproveitados pelos maquinistas dos quadrinhos que fazem com que o sangue escorra e a terra banhada ao rancor sinta o objetivo violento dos seus protagonistas; fixando em um dos seus momentos de alge na história, as batalhas. Aqui elas são aprofundadas e explícitas, muita coragem foi necessária não só nas multilações mas também na aceitação das fórmulas em seu universo para concluir com perfeição a obra e a história dos "300 de Esparta" para se tornar História de Quadrinhos em Quadrinhos.
(Cuidado pessoal das matérias anteriores e posteriores que daqui pode escorrer sangue)

quinta-feira, novembro 24, 2005

BLOGSPOT, Abjeto

(Espaço utilizado para manter a "aparência" do blog)
Dias de trabalhos afundados pelo blogspot, que disponibilizam o espaço e retiram a oportunidade de acordo com o que convém aos padrões deprimentes das regras internálticas.
Fico triste por substituir sacrificando a publicação sobre "¿ROGÉRIO, HERÓI E/OU VILÃO, SGANZERLA?" a qual comento sobre "O Signo Do Caos", para manter a estrutura do blog. Apesar, o blog precisa de sua aparência menos "meia-boca", como o Rogério Sganzerla merece um texto melhor que aquele ao qual formulei.



segunda-feira, novembro 21, 2005

DE PUNK À CULT, CRUZ-CRÉDO!!!


(Não mal-tratem mas respeitem)
Sabendo de onde se originaram os malditos QUADRINHOS de Robert Crumb, o porquê seus trabalhos aqui no Brasil serem apresentados de uma forma inversa do objetivo de suas obras e ainda sair com um valor tão absurdo?
O ponto de identificação de grande parte de seus desenhos [entorpecidos de agressão (anti-ético, violento, sexual, humorístico) em cada folhinha], estão nas construções marginais das ruas que ninguém mais do que um cara que pisa no asfalto, sarjeta, esgoto da cidade conhece; sim, há quem esteja em um outro patamar que também se identifique, mas o maior problema é que o público algo à quem a sua obra se direciona, não tem acesso. Nem tanto pela dificuldade em encontrar o material e sim pela precificação em altos valores!
A editora (Conrad) que aqui publica os trabalhos desse ordinário ou extraordinário -talvez como pode ser com ou sem certeza- não está preocupada com a abrangência de trabalhos que Crumb faz, aqui o que é Punk passa a ser Cult e o caráter histórico dos trabalhos do quadrinista traz a despreocupação da editora com o público potencial das obras dele. O importante para a indústria (sem querer generalizar) é o lucro, sendo que essa forma de abordagem futil da indústria, mostra como age um bando de idiotas capitalistas.
Como havia visto em uma revista antiga que a loja Comix publicava, "de arte do morro como Noel Rosa e Cartola", aqui os quadrinhos passou a ser uma arte (sempre foi), mas elitista. Passa a ser admirado por quem é criticado [apesar de Crumb não medir a quem seu armamento (texto, lápis, caneta e o que mais ele queira utilizar) está direcionado] e perde o foco do não entendimento, abrangendo somente um público que consome o exótico, e restringe a visão caracterizando a abordagem das obras aos termos "cool" e alegórico. Há também quem curte só por fachada, mas isso já é um outro caso.
Lembrete:
Fica então uma pequena reclamação que permanece eternamente, lutando por um dia conseguir algo justo para os quadrinhos!
(Não mal-tratem mas respeitem)
(Robert Crumb no Brasil; Conrad quem sabe um dia após subir nos telhados para arrumar a antena vocês entendam o que é realmente o Brasil e Robert Crumb, lógico que depois dessa escalada do telhado, retornar o olhar ao nível da sociedade)

sexta-feira, novembro 18, 2005

DISTANTE ENCONTRO

(Cinema, Aspirinas e Urubus)
(Não obrigatório mas necessário)
Longe no tempo, mas próximo em situações e condições, "Cinema, Aspirinas e Urubus" permanece com simplicidade no meio cinematográfico. Com uma estética tradicional e realista, fora de segmentos de padrões publicitários, é seco não só na forma que o espaço físico representa, mas também na abordagem e diálogos vezes sofridos, vezes esperançosos.
O sol estalado ao olhar do expectador causa um impacto à quem tenta fugir de algo existente e procura a distância desse território brasileiro, paralelamente ao expectador estão alguns nordestinos que a curto e a longo prazos pedem carona para uma nova vida e não só fugir da seca como também das conseqüências ligadas ao histórico de suas famílias (sendo que essas conseqüências podem ser encontradas em qualquer família).
As visões contrárias dos protagonistas, indiferente de um ser alemão fugitivo da segunda guerra, e outro brasileiro que tenta fugir da seca do nordeste, fazem com que eles criem ligações que apesar dessas diferenças pensam em algo comum: sobrevivência, dinheiro, mulheres e na progressão de informações; interesses idênticos em ambos.
(Não obrigatório mas necessário)
(Não obrigatório mas necessário)
O fato da utilização dos dois primeiros componentes do título, lançam o espanto de algo desconhecido para muitos que não tinham a prossibilidade de adquirir informações, mas o terceiro é o mais acessível para o povo que ali se localiza. "Urubus" é o signo no nome do filme, não como identificação com a morte ou a carnificina, e sim com a liberdade.
Esse encontro que Marcelo Gomes traz em seu filme foi bem aproveitado e a esperança (ser for olhada de outra forma além de ser o sol estourado na tela) do desaparecer-para-o-branco (fade-white) no início de "Cinema, Aspirinas e Urubus" e do utilizado no final, compõem uma forma bem trabalhada, nesse que é um trabalho que merece novo espaço nas mentes cinéfilas, pois, contêm conceitos tradicionais da linguagem que hoje muitas vezes pode se tornar estranha para aqueles olhares que tornaram-se viciados pela contemporaneidade visual.

quinta-feira, novembro 17, 2005

MÚSICA FÍLMICA ou FÍLMICO MUSICAL

(buZZ oSBorne, trEvOR duNN, mIKe paTToN, dAve lomBARDO)
Mastigar, ingerir, transformar, gritar eternamente agredindo o cérebro, Fantômas, Fantômas... FANTÔMAS!!! Músicas de terror? Homenagens a filmes? Uma música com mais músicas cinematográficas? A insanidade sem controle revirando o estômago com o gostinho de vômito, levemente!!!
+MÚSICA FÍLMICA+
ou
+FÍLMICO MUSICAL+
!.!.!.!Debilmentemente o ponto descontínuo que canta/toca o som estomacal/cerebral!.!.!.!
!!!SAHLERO ED ARONOS OÃÇIULOP ,oãçiulop ,lacirbaf megiluf a oiem me ocinâgro mos o etnemanrete ,raunitnoc rop maunitnoc siamed so,...
...(É QUE ESTAVA TRAVADO)...
...,aiceforp a ,yramesor ed êbeb o ,odem od obac ,oãfehc osoredop ,lacisum ominâ ,odamina ohneseD
.:raelcun abmoB - Bomba nuclear:.
.:Fantômas - samôtnaF:.

segunda-feira, novembro 14, 2005

BASTA UMA OUTRA VISÃO

(Marcas Da Violência)
(Cronenberg, me diga, quem é Joey?)
O caminho para o novo filme de Cronenberg está aberto. Com uma conversa habitual, dois indivíduos saem calmamente do quarto que hospedavam-se e preparam para cair na estrada, para isso, resolvem acertar as contas de uma forma nada habitual; silenciosa e ágil. Torna-se estranho o sentido que o filme "Marcas da Violência" segue após esse início, mas em se tratar de Cronenberg, o que não seria estranho?
A vida é pacata na cidade onde a família de Tom Stall vive, bela, perfeita e fútil. Um sonho talvez... mas espera aí... o sonho seria ilusão materializada, e onde chegariam as consequências do futuro pautado pela ilusão? Quem determinará o destino? As consequências dessa "vida" estão as costas de Tom. Ele é um pai de família, investiu tempo para chegar onde chegou e não serão pessoas estranhas, mas nem sempre confusas que irão acabar com sua história.
O ritmo que se segue é cheio de transformações, impacto cena à cena, onde está o limite para satisfazer a segurança de Tom; e, para Cronenberg a obra?
Bastavam 20 minutos de história para Cronenberg concluir com chave de ouro "Marcas da Violência", mas como para o cinema o maior feitio é o longa-metragem, Cronenberg consegue ultrapassar os limites do ouro e com precisão finaliza o filme mostrando que mesmo na violência que hoje é utilizada a esmo, aqui pode tornar-se utilizável com seriedade quando nas mãos certas.
(Cronenberg por favor, me diga quem é Joey!)
(Cronenberg, me diz quem é Joey!)
(Cronenberg diz quem é Joey!)

sexta-feira, novembro 04, 2005

SANGUE IMPREGNADO

(Gosto de Sangue)
(Hoje é rápido)
Não são só as mãos em "Gosto de Sangue" que estão lançadas na imundice brutal e na essência sanguinária, o ponto alto é a mente se sentindo culpada em limpar o visível sem se preocupar com o histórico que vai manter-se estocado em um lugar do cérebro, abalando para sempre a vida.
(Gostoso o GOSTO DE SANGUE!)
(Gostoso o GOSTO DE SANGUE!)
Naturalmente o clima é comum, os irmãos Coen tentam limitar este trabalho sem criar pontos turísticos a serem apresentados no filme, seguindo em vias desertas percorridas por carros enferrujados e detalhando fielmente cada fotograma que a câmera registra neste suspense de humor negro; os caipiras estão lá... opá... é aqui que está a chave de tudo, burros? De jeito algum! As artimanhas aqui utilizadas são ilimitadas e livrar-se do crime e sumir com o cadáver vai ser uma das coisas mais complicadas de se fazer. Mas a mente surpreendida com o ponto de perversão que alcançou ajudará com mais atrocidades (leves mas com grandiosidade).
Lembrando em certos momentos o "Terceiro Tiro" de Alfred Hitchcock, apesar de não chegar a ser tão cômico como o do mestre Hitchcock, os irmãos Coen conseguem guiar com perfeição esse filme que se não seguisse com autoridade desencadearia em um filme de comédia e acabaria perdendo a importância que essa obra tem na lista de filmes independentes e de baixo orçamento.
(Quase terminando)
Lembrete:
É explícito que a película está estranha, talvez com algo impregnado, será que é sangue? Provavelmente, e a água vai demorar para chegar e tentar fazer a limpeza, não só da película como da mente.
(Por hoje é só pessoal)
Estava esquecendo:
Preste atenção na trilha sonora, maravilhosa e magnífico os pontos de sua utilização.
(Agora acabou)